O olho vê!
O olho diz:
Felicidade,
Tristeza,
Maldade,
Medo,
Amor...
O olhar diz tudo,
Basta você olhar
Nos meus olhos!
Eu e as declarações de amor,
Tolas ilusões alimentadas
Que há muito tempo maltrata
Este meu coração sofredor.
Porque alimentar tudo isto?
Pra que ter falsas esperanças,
Se no fundo, no fundo,
Sei que não mais a terei?
Porque continuar com este
Sofrimento consciente?
Ainda não sei a resposta,
Confesso que eu não sei!
Lua que clareia a madrugada,
Ilumina essa minha estrada,
E me guia até o amanhecer.
Com o clarão do dia que inicia,
Quero encontrar minha Maria,
E novamente sentir o prazer
De ter ela aqui do meu lado.
Como um casal apaixonado,
Iremos juntos de mãos dadas,
Sob tua luz pelas ruas desfilar.
Tudo irá mudar, eu sei,
Pois o que você sente
Não passa de paixão,
E toda paixão é etérea
Como é o próprio vento.
Tudo irá mudar, eu sei,
Cedo ou tarde esquecerás.
Sei que outro alguém,
Certamente, lhe conquistará
E eu ficarei novamente só.
Sofro por te amar demais
E saber que o amor não é recíproco.
Sofro por não conseguir esquecer.
Será que este é o meu karma?
Nada neste mundo é tão sólido,
Nem a mais moderna construção.
Não é impenetrável a rocha,
É maleável todo puro coração.
Meu olhar denodado é fogo do amor,
É a tocha inconseqüente da paixão.
O que conseguimos ver não é real,
É apenas a sombra da imaginação.
Eu escrevi na mais dura pedra,
Teu nome com pingos de chuva,
E com lágrimas no meu coração.
O que foi encravado será desgastado
Com o tempo, e quem sabe,
Nem mesmo dure esta paixão,
Pois amor eterno acredite,
Só existe mesmo em ficção!
Quando de nós dois
Restar o passado
E os nossos olhos
Encherem de saudade,
No meu peito
Viverá a lembrança
E na minha mente
Tua eterna imagem.
Talvez eu esqueça
O teu perfume,
O gosto do beijo,
Promessas que te fiz,
Mas, nunca, jamais
Esquecerei do amor
Tão louco que por ti,
Um dia, eu senti!
Pedro cagava e peidava,
com a vida nunca ligou.
Só chegava embriagado
e com Maria nunca se importou.
Um dia chegou Pedro
Em casa muito melado,
E pegou na sua cama
um outro Pedro deitado.
Maria o que é isso?
Ela prontamente respondeu:
Você nunca fez nada
E por isso você me perdeu!
No primeiro dia a conheci,
No segundo me apaixonei.
No terceiro virei marido
E no quarto me separei.
Só no quinto vim descobrir
Os chifres que dela levei!
No passado abandonei minha família,
Por alguém por quem me apaixonei,
Estava tão cego que não conseguia,
Enxergar o pecado que então se fez.
Com o passar do tempo fui castigado,
Paguei pelo grande mau que cometi.
Fiz chorar, deixei alguém desesperado,
Do seu pranto de dor nunca esqueci.
Se pudesse voltar ao meu passado
Não caia no erro que caí.
Despertei não te vi aqui do lado,
minha cama estava tão vazia,
tão fria feito suco congelado,
deu tristeza e grande agonia.
Levantei sentindo que faltava
um pedaço de mim naquele dia.
Foi tão triste e me amargurava,
não agüentei, mas fiquei lembrando:
esta noite sonhei que te beijava,
acordei não te vi fiquei chorando.
Repete várias vezes,
Repetindo sem parar.
Repete repentinamente
E novamente repete
O que fez anteriormente,
Iniciando outra seqüência
De várias repetições.
E as linhas se sucedem
E vão sendo preenchidas
Com palavras repetidas,
Até que não haja linhas.
Então ele fica pensando,
Repetindo mentalmente!
Olhando as fotos,
Relembro momentos.
Escorrem dos olhos
Saudades que tenho.
Lembranças felizes
De você sorrindo,
Falando, chamando
De amor, de painho!
Lembranças dos beijos,
Abraços, carinhos,
Afagos, mãos dadas,
De dormir juntinhos!
Venho do outro lado do rio,
De um país chamado de sonho.
Eu venho da vila do sol,
Perto da esquina do continente.
Terra de gente modesta,
Terra de boa gente.
Neste país de onde venho,
Pessoas não passam fome.
Todos têm direito a escola,
Ninguém vive pedindo esmola.
Todo mundo tem seu trabalho,
Vive-se bem com um salário.
Neste país de onde venho,
Não existe nenhum ladrão.
Não existe classe dominante,
Não existe exploração.
A política é honesta,
Todo dia é dia de festa.
No país de onde venho,
Todo mundo vive feliz.
Se feliz você quer ser,
Vá morar no meu país.
