quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RECONSIDERAR


Meus inimigos
Estão a comentar
Que já te esqueci,
Mas, não vá acreditar;
Pois meu pensamento
É só em você,
E meu coração pertence a ti.

Meu corpo está contaminado
Com o teu cheiro,
Que ficou entranhado.
E se por acaso
Quiseres voltar,
Não tem cerimônia,
Não precisas pedir.

Não adianta você relutar
Se ainda me queres,
Não vá tentar,
Pois deste jeito
Seu sofrimento só aumentará.

Nosso destino
É lado a lado,
Por isso precisas
Reconsiderar.
Minha felicidade
Está em você,
Sua felicidade
Em mim está.

Se nos amamos verdadeiramente,
Não tem sentido viver assim,
Eu sem alegria,
Você sem sorrir.
Eu me lamentando,
Você sem dormir.

Se nos amamos verdadeiramente,
Não tem sentido viver assim,
Você para um lado
E eu para o outro.
Eu sem você e você sem mim.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

VELHO COWBOY


Tantos fevereiros passados
E eu continuo aqui,
Ouvindo os mesmos Rock’s
Que na adolescência conheci.

Ainda tenho os mesmos heróis!
Pois sou um velho cowboy
Que levo a vida no asfalto,
Em cima de meu cavalo de aço!

Ainda trago no peito
Aquele antigo amor,
Que sempre me faz retornar
Ao meu querido interior.

Não tem mais comitivas,
Já não conduzo boiadas.
Mas continuo minha lida,
Transportando outras cargas.

E pelas estradas sigo minha vida,
Soltando meu aboio,
Esquecendo as feridas;
Às vezes só, às vezes em comboio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

UNHA ENCRAVADA

 
Eu sou a unha encravada no teu dedão,
Sou a mosca na sopa, na tua porção!
E vim aqui para meter a minha colher,
Onde não devo e onde não me couber.

Tem gente que tem medo de falar
Quando percebe que tem algo errado,
Só porque neguinho pode não gostar,
E determinar que você seja deletado.

Mas, eu nunca terei medo de nada,
Aqui estou para começar a reclamar;
Pois sou aquela tua unha encravada,
Gostes ou não, irás me ver protestar.

HERÓI DE NADA

Não quero ser herói de nada!
Não quero nenhuma medalha.
A farda, eu não quero vestir;
A arma, eu não quero portar.
Não quero ter nenhum inimigo,
Só amigos, eu hei de conquistar.
Não quero ir a nenhuma guerra,
Nem também ficar de sentinela.
Eu não quero matar a ninguém,
Eu não quero matar a ninguém!
Apenas quero o mundo em paz.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

LUPICINIANA


Ela me encontrou
Encostado num balcão.
Com um copo de cachaça
E também uma porção,
De um salgadinho
Para acompanhar.
Pensativo, cabisbaixo,
Com meus botões a conversar.

Tocava na vitrola
Uma velha canção,
Que me fez relembrar
Quem me teve ingratidão.
Tinha um guardanapo
Todo Cheio de rabiscos
Que ficava a denunciar,
A grande saudade que eu sinto.

Ela se chegou
Como quem não quer nada.
Aproximou-se
Com uma desculpa esfarrapada.
Pensava que eu era
Mais um dos seus amigos.
E ela me fez tanto bem
Que eu esqueci o amor antigo!

NOSTALGICO


Ainda guardo no velho armário,
Lembranças daqueles bons tempos.
Ainda ouço as mesmas canções
Que marcaram nossos momentos.

Tem uma camisa sujada de batom,
A fotografia que você me ofereceu.
Meio frasco daquele teu perfume,
Aquela calcinha que você esqueceu.

Éramos jovens e muito loucos,
Cheios de vida e bastante alegria!
Hoje estou perdido no passado,
Sou integralmente a nostalgia.

Agora somente me falta você
Para preencher o grande vazio,
Desta minha vida tão solitária
Que hoje tenho vivido sozinho!