terça-feira, 29 de setembro de 2015

MEU SEMBLANTE


Muito samba de raiz,
Assim meu verso diz.
E eu, aparentando tão feliz,
Canto para que meu pranto
Não se derrame, mostrando assim
Toda essa minha tristeza,
Através do meu semblante!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DESTINO DE POETA


Eu já não sei se é sina
Ou destino de poeta,
Mas vivo numa guerra,
Pois tenho passado a vida,
Gostando de uma menina
Que nunca gostou de mim.
Tentei esquecer, não consegui,
E assim vou prosseguindo,
O tempo todo persistindo,
Buscando um dia ser feliz!

SINÔNIMO DE ALEGRIA



Faço do Samba o adereço
De minha própria alegria.
Na minha alegoria,
Solto as minhas asas
E voo na imaginação.

Em cada instrumento sinto
Uma tremenda emoção.
Uns fazem o ritmo,
Outros a harmonia
A penetrar em nosso coração. 

Quando olho pro salão,
Vejo no rosto alegria
Que se expressa genuinamente,
Me solto e sambo simplesmente,
Até meu pé adormecer!

E se o Samba for em Madureira,
Meu irmão tenha certeza,
Sambo o domingo todo
Só parando na segunda-feira! 


*Mário Bróis/Edmundo de Souza.



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

AGORA VOU VIVER


Nunca mais
Irei sofrer por você.
Finalmente o pesadelo acabou!

Demorei a enxergar
Todas as maldades que me fez.
Só precisava respirar
E você sempre a me controlar.

De agora em diante vou seguir,
Com a certeza de encontrar
Em algum lugar um novo amor,
Que seja diferente de você
E que me dê valor.
Será que realmente você amou?

Agora vou viver
Tudo o que sempre quis,
Pois ao seu lado só fui infeliz!

Você me sufocou,
Eu nunca senti prazer!
Contudo, livre, volto a viver.




*Marcílio Freitas/Edmundo de Souza.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

AMÉLIA, MINHA VIDA


Eu conheci Amélia
Uma linda mulher
Na casa de Chico,
Meu amigo de fé.
Num samba de roda
Em comemoração,
Ao aniversário
Do seu filho João.

Amélia toda faceira
Sambava sem parar.
Ai, como era bom
Ver seu requebrar.
Num vestido rodado,
Prendeu minha atenção;
Amélia cativou,
Ganhou meu coração.

Mas a festa terminou,
Cada um foi pro seu lado.
Desde então não mais a vi,
Mas eu tenho procurado
Ter notícias dela,
Uma informação.
Amélia sumiu,
Levou meu coração!

Diga por onde andas,
Amélia querida?
Razão do meu sofrer,
Vida da minha vida!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

(SAUDADE) DOR INVOLUNTÁRIA


O que dizer sobre a saudade que já não tenha sido dito? Paro, penso e reflito sobre esta dor involuntária que trago comigo, mas não chego a uma conclusão. E as lágrimas escorrem pelo rosto abatido!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

BRÓIS


Ele
Elegância
Estilo
Exuberância
Exceção
Enaltecido.



*Ao meu amigo e Poeta Mário Bróis.

sábado, 5 de setembro de 2015

AGORA VOU VIVER


Nunca mais
Irei sofrer por você.
Finalmente o pesadelo acabou!

Demorei a enxergar
Todas as maldades que me fez.
Só precisava respirar
E você sempre a me controlar.

De agora em diante vou seguir,
Com a certeza de encontrar
Em algum lugar um novo amor,
Que seja diferente de você,
Que me dê o valor.
Será que realmente você me amou?

Agora vou viver
Tudo o que eu sempre quis,
Pois ao teu lado só fui infeliz!

Você me sufocou,
Eu nunca senti prazer!
Contudo, livre, volto a viver.




Marcílio Freitas/Edmundo de Souza

UM DEUS ABENÇOOU


Eu sou um barco
E tu és o meu mar.
Vou te navegando
Até encontrar você,
Linda sereia,
E ganhar teus beijos
Depois da ceia.
Os teus beijos
Que me deixam louco,
Pouco a pouco,
Cada dia mais!

Tu és o sol se pondo no horizonte!
Eu quero matar minha sede
Na sua fonte pura
De águas cristalinas,
Onde se banham deusas
E virgens meninas.
Tu és a razão do meu viver!
Eu te procuro em tudo
E te encontro em meu ser.
Tu és a metade que me completa!
Nosso amor é uma festa
Que um Deus abençoou.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

SAMBA BOM



Fui fazer um samba na Ribeira,
Era uma quarta-feira,
Eu me apaixonei por lá.
Cantei o Paulinho da Viola,
Dona Ivone e Cartola,
Tantos sambas de raiz.

Tinha muita gente animada,
Tinha cerveja gelada,
Que beleza de lugar.
Estava todo mundo bem feliz,
Quando chega alguém e diz
Que nossa hora chegou.

Mas Quando termino a brincadeira,
Todos pedem João Nogueira
E o Samba assim seguiu.
O dono da birosca aperreado,
Me acenava chateado
Com o relógio a mostrar.

Fizemos ouvido de mercador,
O samba continuou
Pela madrugada inteira.
E não teve quem arredasse o pé,
Samba bom, assim que é,
Vai até o sol raiar.



Toninho Melé/Edmundo de Souza