quinta-feira, 29 de setembro de 2016

SAMBA AFRO-CANGULEIRO

O Samba Afro-Carioca
Desemboca nas Rocas
Com Lucarino, Farrapo e Melé.
Malandragem boa de fato,
Preto, Samba Mulato
Na cabeça e no pé.
Quem diz é Aluízio Pereira,
Mestre, Malandro, Mangueira,
No Samba é só oitentão.
Criou um legado herdado,
Muito bem assimilado
No surdo de Pizão.

Um sonho nos toca bem fundo,
Era o mestre Raimundo
Que apitava com o coração.
A bateria com a cuíca de Chiquinho,
Os repiques de Duda e Rubinho
E também de Zé Negão.
Cada um tinha no Samba um papel,
Quem não lembra do cantar negro
De Agarcy e de Miguel.
Assim se fez a tradição,
Hoje o samba das Rocas
Ainda é feito com emoção!


*Zorro - Rogerinho Lucarino - Edmundo de Souza - Oberlan Du Cavaco.


SEU MANGUEIRA BATUQUEIRO

Gosta da boemia,
Seu “Mangueira” é feliz e não sabia.
Sempre empunhando o seu pandeiro,
Faz um batuque maneiro
De um Malandro sem par.
Ele representa o batuqueiro
Que nas Rocas foi o primeiro,
A batucar e a cantar.

Dona Maria vem pra cá,
Vem pro Samba, Sambar.

Seu “Mangueira”,
Um batuqueiro de fama,
Gosta de pouca conversa
Quando o Samba lhe chama.
É sambista que não enjoa do mar,
Diz que não acredita em maré de azar.

Ele rema no mar,
Ele gosta do mar.
Ele pesca no mar,
É porque gosta do mar.

*Hélio Carioca. 
Homenagem à Aluízio Pereira (o Mangueira).

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

AZUL

O céu, a Poesia,
O amor, a Boemia,
Tudo é azul para mim,
Para mim.

O mar, a nobreza,
O horizonte, a beleza,
Tudo é azul para mim,
Para mim.

Sua companhia,
Nossa harmonia,
Amizade sincera
Em tom azul.

És azul que trás amor e paz.
És firmamento, limite superior
Refletido em meu interior.



 Evilásio Galdino/Wallace/Luiz Antônio/Edmundo de Souza

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

POBRE COITADO

Eis que a besta fera,
Desceu a terra
E encontrou um cara
Carente, solitário.
E o pobre coitado
Em imenso desespero,
Cedeu a grande procela
E vendeu sua alma,
Na tentativa desesperada
De tê-la nos braços.
Mas o pobre coitado
Morreu sem ela,
Pois a besta fera
Mentiu, o enganou!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

NOSTALGIA

Nostalgia que eu passo!
Nostalgia, quando lembro de você,
Sinto meu corpo tremendo,
É o frio me envolvendo
Pois naquele amor a chama se apagou.

Que magia teus braços!
Que magia era aquele nosso amor,
Que se perdeu pelo tempo
E se foi feito o vento
E assim passou a brisa desse amor.

Quando relembro momentos
Que juntos nós tivemos,
Sinto nos olhos lágrimas brotar.
Tantas juras que fizemos,
Tanto, tanto nos queremos
Mas o tempo fez o sentimento mudar.

Agora, sou puro lamento
E Sentindo a brisa do tempo,
Eu vou tentando de uma vez me conformar.


*Victor Lins – Edmundo de Souza