UMA HISTÓRIA DE AMOR

Cartola, Noel, Vinícius.
Pixinguinha, Jobim, Nelson Cavaquinho.
Jovelina, Beth, Noite ilustrada.
Fabiana Cozza, Ná Ozzeti, Ivone Lara.
Cauby, Blecaute, a Marrom Alcione.
Ataulfo, Nelson Gonçalves, grandes nomes.
 
Mas não vou esquecer no Solo Potiguar,
Sambistas que se fizeram perpetuar.
Fizeram história que hoje é contada,
Por outros sambistas que seguiram suas pegadas.
 
Por isso que digo que temos que saudar:
Antônio Melé, Lucarino e Agarcyr,
Aluízio Pereira que ainda anda por aí.
Debinha, Mestre Zorrro, Ivando, etc e tal...
Todos que fazem o Samba de Natal.
 
Salve, salve a todos que mantêm acesa a chama!
Salve, salve quem ergue a bandeira do Samba.
O Samba não tem dono, o Samba não tem cor.

O Samba tem pra contar uma história de amor!

*Luíz Antônio - Edmundo de Souza.
 

DESBUNDE

Que Bloco é esse
Que vem descendo a ladeira,
E arrastando
O povo em sua brincadeira?
Contagiando
Com um som descomunal.
É diferente,
Mas turbinou o Carnaval.
 
Não tem abadá,
Não tem fantasia.
Não tem cordão,
Mas é pura alegria.
 
Venha você também, vem!
Venha você também,
Que esse “desbunde”

Não faz mal, só faz o bem!

 

UM DIA VOLTO PRA LÁ

Sinto muitas saudades
Das noites do meu Sertão,
Da sanfona tocando,
No terreiro, no São João.
 
Da fogueira e o milho assando,
Da pamonha e o canjicão.
Do rojão cortando o Céu,
Da Quadrilha, do quentão.
 
E toda vez que eu me lembro,
Os olhos querem chorar,
Tão imensa é a falta
Que eu sinto do meu lugar.
 
Ai, ai, meu Sertão
Um dia volto pra lá!
Ai, ai, meu Sertão,

Nunca deixei de te amar!
 
 

POETIZANDO VI

Á ASSIS MARINHO (Artista Plástico)

Coisa maravilhosa ser capturado,
Pela caneta super expressiva,
Deste ser deveras iluminado.
Obrigado Assim Marinho

Por ter-me, hoje, retratado.
 

UM DIA VOLTO PRA LÁ

Sinto muitas saudades
Das noites do meu Sertão,
Da sanfona tocando,
No terreiro, no São João.
 
Da fogueira e o milho assando,
Da pamonha e o canjicão.
Do rojão cortando o Céu,
Da Quadrilha, do quentão.
 
E toda vez que eu me lembro,
Os olhos querem chorar,
Tão imensa é a falta
Que eu sinto do meu lugar.
 
Ai, ai, meu Sertão
Um dia volto pra lá!
Ai, meu Sertão,

Nunca deixei de te amar!

 

SE LIGA MULHER

Se liga que o Santo é de barro,
Se liga que já tá demais.
Do jeito que a coisa anda,
A gente descamba, te deixo pra trás.
 
Você me acusa,
Me julga, condena.
Diz que não presto,
Que não valho a pena.
Que vivo aprontando,
Que só quero um pé
Pra poder me mandar,
Que só penso em farrear,
Que sou um tremendo
De um sem-vergonha.
 
Mas não lembra que todo dia,
Estou logo cedo na correria,
Ralando pra colocar
De tudo dentro do nosso lar.
E no meu dia de folga,
Nem posso ter distração.
Se liga mulher,
Passou o tempo da escravidão.
Se liga mulher,
Que vou dar no pé,

Te deixo na mão.