ROCAS (O SAMBA VEIO PRA FICAR)

De degrau em degrau,
Eu vou cantar meu Samba.
Toda as Rocas vibrando,
Todo mundo desce para olhar.
 
As Rocas é o berço do Samba,
Porque ela está na história.
Esse povo hoje,
Vive coberto de glória.
 
Vibrou e vibraram com razão,
Os Passistas sambando levantam a poeira do chão.
Vibrou e vibraram com razão,
As Baianas girando nos causam admiração.
 
A bateria animada,
Coloca todos pra Sambar.
É a Rocas mostrando

Que o Samba veio pra ficar.

*Aluízio Pereira - Edmundo de Souza.
 

O SABIDIN

Baile de carnaval na oficina do samba,
Repleto de gente bamba,
Bebendo cana de cana caiana.
 
Peguei os instrumentos,
pro nosso show começar.

A multidão animada,
Não paravam de dançar.
 
Até que certo momento,
Chegou aquela figura
Que só quer se aproveitar,
Mas dessa vez não deu certo a sua firula.
 

Aí deu confusão e não foi pra mim;
Mas Zeca expulsou o sabidin.
 
Quer beber, comer de graça
Então fique em sua casa.
Olha só seu intrujão:

Malandro aqui não se cria, não!

PERUCA DE TOURO

A bebida só faz mal
Quando o "caboco" pensa,
Que é água mineral
E dela se alimenta.

Acorda pra beber
E bebe pra dormir.
Sua mulher fica de bobeiro,
O perigo está aí!

Escute meu amigo,
Tome muito cuidado,
Que o gavião calçudo
Tá em cima do telhado.

Escuta meu irmão,
Se ligue no aviso:
O urso está de olho
E ele é um perigo.

Vê se fica ligado
Pra não se arrepender,
Tem a peruca de touro

Esperando por você!
 

NA TOCAIA

Estava na tocaia
Espreitando você passar. 
Estava na tocaia
Espreitando você passar.

Fiquei quietinho,
No silêncio, escondidinho,
Mas nada de você
Passar pelo meu caminho.

Ai, ai, morena, morena tu nem sabe,
Qual era minha intenção:
Eu ia caçar o teu coração,
Levar ele comigo sem haver devolução;
Levar ele comigo sem haver devolução!

Ai, ai, morena, morena tu nem sabe,
Mas acho que isso é paixão.
Será que foi cupido que flechou meu coração?

Será que foi cupido que flechou meu coração? 

QUEM SABE? (UM SER FELIZ!)

Da minha paixão elucubrada,
Verei um ser alado,
Um cão vira-latas,
Um cachorro-urubu.
 
Eu me perdi pelo mundo
Em busca do mel mais puro.
Contudo o destino,
Tramando contra mim,
Foi o único culpado
De me deixar assim:
Meio insensível,
Meio que perdido
No meio de um mar revolto,
Sem sentimento,
Cheio de lágrimas
De tantos lamentos.
 
Mas bem que poderia
Ter tramado a favor,
E quando beijei lábios de mel,
Poderia ter me deixado
Subir aos Céus e finalmente,
De repente, quem sabe,
Sorte ou azar,

Ter sido um ser feliz!
 

MAIS UM ANO NA FOLIA

Dê-rê-rê, dê-rê-lê
Mereto na folia novamente com você.
 
São vinte e três anos
De comemorações
No bairro da Potilândia,
Mereto vem animando os foliões.
 
E a festa vai continuar,
O Mereto nunca cansa de brincar.
Vamos pra rua com nossa alegria,
É o bloco do Mereto em mais um ano na folia.
 
Bora tomar uma com um tira e limão.

É Reinado de Momo, Carnaval e animação!

Dê-rê-rê, dê-rê-lê
Mereto na folia novamente com você.

Foto: Mestre Aluízio Pereira, fundador do Bloco Mereto na Folia.