quarta-feira, 18 de novembro de 2020

COM CUIDADE SE BRINCA LEGAL

Vou brincar meu Carnaval

No Bairro da Potilândia,

Com Zezeca e Encharcados

Na Oficina do Samba.

 

Vou tirar aquela onda,

Ouvindo muita Marchinha,

Curtindo o novo normal,

Mascarado com minha gatinha.

 

Vai ser assim, mas mesmo assim,

Nós iremos aproveitar,

Mantendo uma certa distância

Pra não se contaminar.

 

E viva o carnaval,

E salve o carnaval!

Mesmo na pandemia

Com cuidado se brinca legal.


terça-feira, 17 de novembro de 2020

PURA MALDADE

Se não deu certo, tudo bem!

É porque não tinha que ser.

Bem que tentamos,

Nos entregamos,

Fizemos planos,

Fomos felizes!

 

Durante um certo tempo,

Tudo andou muito bem.

Estávamos lado a lado,

Um casal inseparável.

 

Até que tudo aconteceu:

Outro alguém se meteu,

Foi onde a briga surgiu.

 

Viramos vítimas de muitas intrigas,

Tantas fofocas prejudicou

E o nosso amor chegou ao fim.

 

Tenho certeza que em algum lugar,

Alguém está sorridente a gargalhar,                                               

Todo satisfeito com nossa separação.

Foi pura maldade com o meu coração!

 

domingo, 15 de novembro de 2020

UM TOQUE DE BANJO


Quando toco meu Banjo,

Me toco que cada palhetada,

Toca logo a minha alma,

Me enche de serenidade.


Um sentimento me invade,

Fico em plena paz!

Tudo isso acontece,

E assim me sinto feliz demais.


Seja num partido alto,

Seja num samba canção,

Um Banjo faz a diferença.


O banjo de Almir Guineto,

O banjo de Arlindo Cruz…

Um toque de Banjo me seduz,

Me seduz!

 

EU SOU SERTÃO

Sou Nordeste e sertão,

Sou poeira e carvão,

Sou matuto de coração.


Sou o couro e o gibão,

Festa de apartação,

Sou labuta sob o sol do meu torrão.


Sou cavalo ensinado,

Grito de aboiar gado.

Sou o chão, o calo na mão.


Sou a festa do Divino,

Sou o povo Nordestino.

Sou Cristão não nego não.


Machado que corta o pau do Juá,

Sabiá que canta no Jequitibá.

A missa no domingo,

O roçado de milho e feijão.

Suor pingando no chão,

Eu sou o Sertão!


Retirante na cidade grande

Que sofre a cada instante,

Mas nunca perde a fé

De voltar para o seu lar.


Basta a chuva novamente cair

E o verde outra vez brotar,

Que faço logo carreira

De volta para o meu lar.


*Marcelo Maya - Edmundo de Souza.

 

GÊGÊ

Gêgê, Gêgê,

Tá todo mundo falando de você.

Não pense que é de bem,

De bem aqui ninguém

Fala de ninguém,

Gêgê, Gêgê!


Não sei se é seu cabelo,

Desse jeito, meio pintado,

Ou será que é essa barba

Com esse modelito todo desenhado.


Só sei que tá muito estranho,

Não vou nem te dizer

O que estão comentando, Gêgê,

Pelos cantos de você.

 

A PISADINHA É ESTA


Tarde de aula, já já vai começar,

Vou estudar para a prova que virá.

Nota tá baixa, preciso recuperar.

Tenho obrigação de minha média aumentar.


Apaga a luz, tem slide pra assistir.

Não adormece, fica em pé, melhor assim.

Sobreviva meu irmão, não vá desistir,

Vai ser nota 10, você vai conseguir.


Sustenta aí, sustenta aí…

A pisadinha é essa, comigo é assim!

BOM AR


Tá difícil, desse jeito tá difícil!

Assim já não dá pra estudar.

Quando estou quase me concentrando,

Levo na cara mais um jato de bom ar.


O instrutor já fez ate carreira,

Saiu da sala querendo vomitar.

Os companheiros estão ficando roxo,

De tanto que respiram o bom ar.


Tá difícil, desse jeito tá difícil!

Assim já não dá pra estudar.

Quando estou quase me concentrando,

Levo na cara mais um jato de bom ar.


Por favor, amigo dá uma trégua,

Batata e ovo, pare de comer,

Pra ver se conseguimos estudar,

Todos vão ficar felizes com você.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

PODE SER TARDE

Volta, vem correndo,
Pois estou sofrendo
Tanto sem você.
Volta que a porta
Está toda aberta,
Esperando pra te receber.
 
Mas não demore tanto,
Se não o meu pranto
Pode me afogar,
E você perder
Quem te ama tanto,
Que durante anos,
Só conseguiu te enxergar.
 
Pode ser tarde demais,
Quando você se decidir.
Espero que não te arrependas
No dia que pra sempre, eu partir!

 

TREJEITOS

Conhecedora do amor,

Sabe como me agradar.

Me impressiona,

Não tenho do que reclamar.

Todo dia uma novidade,

Fico com saudades,

Longe de você.

Tou morrendo de vontade

De voltar pra casa só pra te ver.

 

Tou morrendo de desejos

De ter os teus beijos,

De te possuir.

Tá difícil sair da cama,

Você me inflama,

Me faz esquecer...

Do mundo, do tempo, de tudo,

Sempre que estou perto de você.

 

Gatinha és minha paixão,

Meu coração só bate pra você.

Me pegastes de jeito

Com os teus trejeitos,

Com o teu sorrir.

Teus olhos me enfeitiçaram,

Sou apaixonado, louquinho por ti.

 

VOLTA PRA CASA PADILHA

Volta pra casa Padilha
O carnaval acabou.
Tua mulher te espera
E ela tá um terror.
 
Toma cuidado Padilha,
Não cause mais confusão.
Abrace a sua Maria,
Acalme o seu coração.
 
Deixe de ser osso duro de roer,
Carne de tetéu, ruim de comer.
Largue o churrasco e o mocotó
Deixe de lado essa farra
E volta logo pra casa, Padilha,
Pra tu não terminar só.


*Chumbinho do Cavaco - Edmundo de Souza.
 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A DANADA DA PESTE

Eu esqueço dela,
Ela não me esquece.
Eu deixo ela,
Ela não me deixa.
Todo dia quando amanhece,
A danada da peste me vem à cabeça!
 
Amanheço me tremendo,
Quase não aguento nem segurar,
O copo com água,
A escova, a pasta,
A xícara de chá.
 
O negócio é complicado,
Bem que eu tento me controlar,
Mas quando não tem jeito,
Bebo umas doses pra me aprumar.
Aí então desembesto,
Esqueço do resto que tem pra resolver.
Passo o dia no bar a bebericar até anoitecer.
 

domingo, 1 de novembro de 2020

ACREDITEI NESSE AMOR


Porque você me chama de amor,
Se de mim, você não gosta mais?
Se nada do que faço te agrada,
Se meu toque não te satisfaz?
 
Diz pra mim o que fiz para você
Me deixar tão só, me esquecer.
Nunca sofri tanto por amor,
Sem você não dá mais pra ficar.
 
Acreditei tanto nesse amor,
Me entreguei de corpo, alma, coração.
Se eu soubesse o que iria acontecer,
Não tinha me envolvido com você,
Não tinha te dado tenta atenção.