terça-feira, 22 de dezembro de 2020

CHEIO DE ENERGIA

Quando caio no Frevo, no Frevo, no Frevo,
Pode crer que eu me esbaldo, me esbaldo, me esbaldo.
Esqueço da vida,
Esqueço do mundo,
Eu me satisfaço.
 
Me deixo levar, levar, levar
No ritmo frenético.
Subo e desço ladeira,
Nessa brincadeira,
Totalmente me entrego.
 
Eu vou em baixo e em cima no clima,
Cantando, dançando e ainda,
Volta a ser criança,
Cheio de energia,
Que nunca se cansa.
 
Eu pulo pro lado,
Eu pulo pro outro,
Na pipoca, no bloco
Viro bicho solto,
Pois tudo o que importa
Pra mim nessa hora
É me divertir.




DELIRANDO

Uns me chamam de louco,
Outros que sou pirado.
Mas, eu só estou
Curtindo o meu barato!
 
Delirando, delirando,
Delirando eu vou....
Delirando, delirando,
Delirando estou!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A VOLTA DE INÊS

Hoje depois de tantos anos
Do desengano que Inês me fez,
Ela do nada reaparece
Querendo saber o que eu sinto.
 
Lhe respondi, sem sequer pensar:
Achei que você tinha já morrido!
E assim lhe disse: olha só Inês,
O que você me fez não merece perdão.
 
Pega teu rumo, mulher, desaparece,
Não quero mais papo
Com quem me deixou a solidão.
 
Volta pra trás Inês,
Volta por caridade.
Não quero mais saber
Dessa tua falsidade.


*Dedicado a Adoniram Barbosa, O Poeta do Bexiga.
 

ATÉ NUNCA MAIS

Foi covardia...
O que você fez comigo,
Não quero ser teu amigo,
Almejava muito mais.
 
Por isso que te dei meu coração,
Te rodeei feito pião,
Feito um chico Jabolô.
 
Por favor, se você não me quer,
Me trate como um qualquer,
Diga que não tenho valor.
 
Mas, porém,
Na hora que a saudade bater,
Tente segurar, tente esquecer,
Porque nunca mais, eu volto pra você.
 
Adeus, bye bye,
Até nunca mais.
Um dia é de angústia,
Em seguida vem a paz!

 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PÉS NO CHÃO


Estou aqui resistindo

E firmando os meus pés no chão.

Cantarolando um novo samba

E marcando o compasso

Ao som do meu coração.

 

A inspiração vem das ruas,

Lá do morro quando abro a janela.

Ao ver um menino descalço,

Correndo entre os becos e vielas.

 

Lembro que foi assim

Que pra mim tudo começou.

Garoto sem preocupação,

De pés no chão, mas um sonhador.

 

Brincando de bola de gude,

Bola de meia, pipa e pião...

Não esquecia da escola,

Onde aprendia a cada dia

Uma nova lição.

 

Quando vinha pra casa,

Sempre passava na birosca do chico.

Parava pra ouvir o samba

Que lá se tocava e eu achava bonito.

 

Hoje tudo é lembrança

De um adulto com alma de criança.

Um homem trabalhador,

Um batalhador cheio de esperança.


*Marcelo Maya - Edmundo de Souza.