VOU ASSISTIR SORRINDO

Você deixou meu amor um deserto,
Não quis saber quem é que estava certo.
Não quis me dar chance, triste eu fiquei.
Você partiu, eu chorei!
 
Agora na mesa do bar,
Eu canto o seu nome.
Todo amigo comenta
Que levei um tombo.
Fico aqui querendo chorar;
Juro não quero você,
Novamente no meu lar.
 
Você, me abandonou,
Você me fez chorar.
Um homem só chora,
Quando desiste de amar.
 
Você não me deu valor,
Mas irei me recuperar.
E vou assistir sorrindo,

Por sua ingratidão você pagar!

*Selma do Samba - Edmundo de Souza.

 

DEUS QUER TE VER VENCER

A vida é pra ser feliz, podes crer;
A vida é pra ser feliz, podes crer.
Existe um SER cuidando de você;
A vida é pra ser feliz podes crer.
 
Sabe quem deu esse Céu anil?
Sabe quem deu a beleza do Mar?
Ele sempre vai te amparar,
Na ida e na vinda em todo lugar.
 
Por isso não desanime,
Não se deixe abater.
Levante, siga em frente;
Pois Deus quer te ver vencer.
Foi ele quem te levantou,
Foi Deus, o grande criador,

E a ele devemos agradecer!

*Selma do Samba - Edmundo de Souza.

SAUDADE QUE AMARGA

Falaram que você foi esquecida,
Mentira, quiseram te enganar.
Usaram desse chulo argumento,
Na tentativa de querer te conquistar.
 
Vou te dizer: nunca que te esqueci!
Ainda te vejo pela casa a circular.
Saudade, é coisa que no peito muito amarga,
Maltrata tua falta,
Coisa que não superei.
 
Oh deus, por favor, piedade,
Deste ser que tanto já pecou.
Pois se ela para mim, não vai voltar,
Faça que eu esqueça

E nunca mais possa lembrar.

 

RAINHA DO ROCK

Meu Deus do Céu,
O Rock perdeu,
A Rainha morreu!
Virou constelação.
 
São milhares de estrelas
Reunidas numa só.
São caras e bocas,
Que coisa mais louca,
Mas era muito legal!
 
Era um Carnaval
Travestido de Rock’n’Roll,
Que tanto emocionou
Essa juventude rebelde.
 
Agora ela vai cantar,
Pois tem novo show marcado,
A muito esperado
Por Anjos e Arcanjos,

No Reino dos Céus!

BECO

Beco da Lama,
Da Boêmia,
Do bebo
Que pelas vielas
Se esguia.
 
Beco
Dos Poetas,
Dos loucos
Que de noite
E de dia,
Tornam-se parte

Desta viva alegoria!
 

A POESIA DOS CHORÔES

Nem choro, nem vela!
Quero mais a alegria
De uma linda melodia,
Desenhada nos dedos
Que dedilham os cavacos,
Os bandolins e violões;
A poesia dos chorões!
Pode ser um choro intenso,
Como também,

Pode ser um chorinho.

EITA COMO É BOM

Na pancada da zabumba,
No balanço do ganzá.
No resfolego da sanfona,
Eu vou dançando e vou até o sol raiar.
 
Eita como é bom,
É bom dançar Forró,
Arrastando a sandália,
Levantando muito pó.
 
Eita como é bom,
Dançar agarradinho.
Suor pingando,
Mas ninguém quer parar.
E o sanfoneiro
Tá de olho no relógio,
Doido, aperreado, já querendo acabar.
 
Não para sanfoneiro,
Não para por favor.
É noite de São João

E não achei o meu amor.

FULÔ DE MARACUJÁ

Fulô...
Fulô de maracujá,
Por favor não demora,
Não demore pra voltar.
 
A saudade machuca
O meu coração,
E as horas que passam
Só aumenta minha aflição.
 
Quando eu te procuro
E não consigo te encontrar,
Uma angústia tremenda
Chega pra me maltratar.
 
Fulô, fulô de maracujá,
Não seja tão malvada,

Volta logo, vem me amar!

HOMEM DE PEDRA

Meu cérebro cansado,
Não consegue processar,
Todas as informações
Fotografadas pelo meu olhar.
 
E o  meu coração
Perdeu a sensibilidade,
Já não reconhece o amor,
Só enxerga a maldade.
 
Porque será
Que me tornei assim,
Um home de pedra;
Amargo e seco,

Deus, como isso é ruim!