quinta-feira, 26 de abril de 2018

VIDA QUE SEGUE


Adeus, pode ir!
Pegue suas coisas
E não olhe para trás.
Por favor feche a porta ao sair
E não volte nunca mais.

Você achou que era brincadeira,
Não acreditou que eu seria capaz.
Pensou que eu nunca iria me decidir,
Mas se surpreendeu com o que fiz.

Tomei a atitude correta,
No meu peito você não tem mais lugar.
Quantas vezes eu te avisei
E você resolveu outra vez aprontar.

Agora é vida que segue,
Vou em busca de uma nova paixão.
Procuro quem possa me fazer feliz,
Pra do meu peito fazer sua morada
E seguirmos juntos na mesma estrada.
(E seguirmos nessa caminhada!)


*Edmundo de Souza - Marcílio Freitas.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

DAMA DO SAMBA


Hoje...
Hoje o céu está em festa,
Mais uma estrela chegou por lá.
Vai ter roda de samba,
Até os anjos vão cantar. 

Reunião de tantos bambas,
Cantando obras imortais.
É João, Noel, Almir e Donga,
Junto com eles muitos mais.   

Hoje a tristeza me invadiu,
Eu garanto ninguém viu
A minha lágrima cair.
A dama do samba descansou,
Foi recebida com louvor
Por tudo que fez pelo samba.

E os aplausos mais fieis,
Recebe agora no céu,
Onde é destaque também.
E todos repetem num coro só,
Cantando pra estrela maior,
Versos que eternizou.

Foram me chamar, eu estou aqui que é que há?
Foram me chamar só pra ver Ivone cantar!        
Só pra ver Ivone cantar!

*Edmundo de Souza - Selma do Samba.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

SAUDADE É O NOME DELA


Saudade é o nome dela
Que me maltrata
E não me dá trela;
Que me faz perder o sono.
Me sinto num abandono,
Querendo vê-la mais uma vez.

Lembro de suas pernas
Que já serviram de travesseiro;
Cochilo maravilhoso
Com cafuné no meu cabelo.
A quentura do corpo,
Dos abraços, do suspiro,
Dos seus lábios deliciosos
Onde tanto me fartei.

Saudade, para de me perturbar,
Sei que ela não vai mais voltar
Novamente aos braços meus.

Saudade por favor me deixa em paz,
Vai embora de uma vez.
Deixa-me esquecer que dela já gostei.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

EUNICE E O BANGALÔ


Foram tantas brigas, muitas intrigas,
Disse me disse que a Eunice,
Meu grande amor me abandonou.

Eu fiquei tão só no meu bangalô,
Ninho de amor que ela um dia
Com maestria já comandou.

Vivia eu na sarjeta largado,
Caído nas calçados, sempre embriagado.
Jogado ao léu até que ela apareceu,
E feito um raio me sacudiu, meu olho abriu.
Me resgatou, me ajudou, regenerei...
Hoje sou novo homem, por ela eu mudei.

Mas a tal da inveja deu as caras e vejam só,
Perdi Eunice, linda cabrocha lá de Maceió.