terça-feira, 23 de novembro de 2021

SOU DO SERTÃO

Sou do Sertão, seu moço, pode crer,
E tenho muito orgulho do que vou te dizer:
Lá na minha casa não tem nada de luxo,
Mas sou feliz com o pouco que possuo!
 
Tem um fogão a lenha pra cozinhar
O feijão e o milho que eu planto por lá.
Uma bate-bucha que é pra mim caçar,
A mistura pro almoço e pro jantar.
 
Uma cadeira de balanço pra descansar,
E um velho rádio com um forró a tocar.
Tem o meu cachorro que é vira-lata,
E a criação de guiné, carneiro e vaca.
 
Sou do sertão, seu moço, pode crer,
E tenho muito orgulho do que vou te dizer:
Lá na minha casa não tem nada de luxo,
Mas sou feliz com o pouco que possuo!
 
Tem o leite bem quentinho pra nós beber,
Pra colocar no cuscuz e no manguzá.
A galinha com os ovos pra nós cozer,
Nós num tem muito, mas dá pra sobreviver.
 
E se tem muita chuva, tem tudo em quantidade.
O Sertão fica mais belo, é muita felicidade.
Agradecemos a São Pedro com o Padre na Igreja,
Pela Benção recebida, pelo alimento na mesa.
 

ACORDA SERTÃO!


 

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

EVOLUIR (COISAS DA NATUREZA)

 

Todo dia nasce um Sol,
Que se renova a cada dia.
E sempre ao acordar,
Você renascerá;
Dádiva que nosso Senhor nos deixou,
Um presente tão Divino!
 
Da árvore a folha cai,
Nascendo outra no lugar.
Das aves a pena também cai,
Pra renovar toda beleza;
Pra que se possa admirar
As coisas da Natureza.
 
De tudo se tira uma lição!
Entendo que a vida é assim:
Cada dia um aprendizado
Que nos leva a evoluir.
 
Por isso todos os dias
Ao acordar se reinvente.
Seja melhor do que foi antes,
É o que o Senhor espera da gente.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

NÃO TOU NEM AÍ


Dizem que sou abusado,
Digo que não tem nada a ver.
Simplesmente estou mudado,
Bem diferente de você.
 
Só quero agora do meu lado,
Alguém que venha pra somar.
Estou cheio das sanguessugas
Que só querem me sangrar.
 
Só colo com quem cole comigo
De corpo, alma e de coração.
Aquele tolo apaixonado,
Hoje faz uso da razão.
 
Mas eu não estou nem aí,
Eu não estou nem aí.
Quem quiser gostar de mim,
Vai ter que me aceitar assim.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

CORAÇÃO CICATRIZADO

 

Faz tempo que estou tentando esquecer,
E ela por aí de novo amor.
Faz questão de passar onde eu possa estar,
Acho que ela só quer me machucar.
 
Estou sofrido, tou carente, não tou legal,
Essas coisas de gostar só me fazem mal.
Tou sofrendo muito é uma dor sem fim!
Quem já sofreu sabe o quanto é ruim.
 
Mas garanto que isso tudo vai mudar.
Está difícil, mas irei me levantar.
Vou superar toda essa dor,
Com outro alguém que saberá me dar valor.
 
Estão você vai me ver agarradinho.
Todo sorridente, trocando beijinhos.
Sempre lado a lado, coisa que você não quis.
Vai chegar o dia de finalmente ser feliz!

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

MÉMORIAS DO MESTRE

Recitado: Antigamente, quando não existiam lojas de instrumentos musicais, os sambistas fabricavam seus próprios instrumentos de percussão, artesanalmente, com barricas, cabaças e outros materiais; assim como o mestre Aluízio Pereira, que fabricava os instrumentos para que a bateria da Escola Malandros do Samba pudesse desfilar pelo Bairro das Rocas.
 
Foi no carnaval que passou,
Que nossa escola muito bela desfilou,
Repleta de pompa e de alegria,
Contagiando o povo com nossa magia.
 
Respeite a Velha Guarda e o Número Baixo,
Que chegou primeiro e deixou o seu legado.   (bis)
 
Recitado: A Escola se reunia no quintal da casa de um dos componentes para ensaiar. A Bateria, as Passistas, os Passistas, Porta Bandeira, Mestre Sala, toda Escola. Os componentes contribuíam para ajudar a Escola, que juntamente com doações de comerciantes locais que assinavam o Livro de Ouro, compravam as Fantasias. E assim a Escola descia para a avenida para o desfile. Assim conta Mestre.
 
Nossa escola estava tão bonita,
Todos aplaudiram ao passar.
Ganhamos novamente o Carnaval!
E todos gritavam: é a melhor de Natal.
 
Respeite a Velha Guarda e o Número Baixo,
Que chegou primeiro e deixou o seu legado.   (bis)
 
Recitado: Essa é uma das Histórias contadas pelo Mestre Baluarte da Malandros do Samba, Aluízio Pereira.
 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

ESTOU EM OFF

Se não ouviu falar de mim,
Não pense que eu sumi,
Eu continuo aqui...
 
Frequentando os mesmos lugares,
Com nosso amigo nos mesmos bares,
Onde um dia te conheci.
 
É que agora estou assim,
Não quero mais divulgação.
Ficar postando nos Stories,
Não chama mais minha atenção.
 
Eu estou em off, eu agora estou em off,
Mas continuo a me divertir.
Eu estou em off, eu agora estou em off,
Mas tenho sempre alguém
Dando cheiro no meu cangote.

Quem sumiu é quem não mais está aqui!...