BECO DA LAMA (UM NOVO NORMAL)

    Conhecido reduto da Boemia de Natal, que por motivo dessa pandemia que estamos passando, ficaram vários meses sem funcionar seus bares, onde costumeiramente rolava música ao vivo.

    Agora com essa abertura que foi liberada pelo Governo do Estado após tantos meses de lockdown, aos poucos estão voltando ao seu normal, um novo normal como dizem, mas que lá, à primeira vista, não mudou nada.

    Neste sábado, dia 26-09-2020, o Grupo Insaciáveis do Samba, comandou durante a tarde o show, que teve as mesas do barzinho de Chico do Bar, e seus vizinhos, totalmente ocupadas pelos amantes da boa música, que compareceram para uma tarde de lazer e descontração, e a partir das 19:00 horas terá mais Samba com a Roda de Samba de Ezequías Félix (o Brasa) e amigos.

*Texto escrito na primeira reabertura após vários meses de lockdown em virtude da pandemia que teve início após o Carnaval de 2020.

 

TÃO DOWN!

As vezes estou tão mau,
Que tenho vontade de morrer;
De sair pelo mundo, desaparecer;
De virar fumaça, talvez um ermitão.
Às vezes me sinto assim:

Tão down, tão down, tão down!

 

TUDO CAI BEM

Cai bem
Uma gela para refrescar;
Cai bem
Um mergulho gostoso no mar.
Cai bem
Um jantar gostoso a dois;
Cai bem
Ser feliz, não deixar pra depois.
 
Cai bem
Um pagode e os amigos no bar;
Cai bem
Uma vitória pra comemorar.
Cai bem
A chegada daquele que foi;
Cai bem
A mistura: feijão com arroz.
 
Tudo cai bem
Se você está de bom humor.
Feliz da vida,
Coração cheio de amor.
Tudo cai bem
Se dentro do coração,
Estás preparado

Pra mais uma Oração!
 

FÉ NORDESTINA

    No aboio do vaqueiro nordestino que desde menino foi sendo preparado, para crescer valente e destemido, correndo todos os dias atrás do gado por entre os espinhos da caatinga, debaixo do sol forte e muito quente, percebo que toda essa gente que no Nordeste mora e adora, tem muita Fé e é muito temente a Padre Cícero, a Deus e a Nossa Senhora!

 

O TEMPO

E chegou o tempo de nascer,
O tempo de ser criança,
O tempo de crescer.
 
Chegou o tempo da adolescência,
O tempo em que toda vivência
Foi um aprendizado.
 
Chegou o tempo dos filhos,
De uma família se formar.
 
Chega então a hora de só aproveitar,

Pois o tempo com o tempo irá acabar!
 

ROSAS NA CARTOLA

As mil maravilhas tudo andava,
Você me encantava cada dia mais.
Em nosso jardim, haviam rosas cheirosas,
Que eu colhia na hora de você acordar;
Pra perfumar o nosso quarto,
Já perfumado pela fragrância do amor.
 
E também na hora do nosso café,
Tinham rosas na cartola pra te agradar.
Mas em certo dia, tudo o que era sonho,
Virou pesadelo, virou desespero, então te perdi.
 
Hoje em dia restaram as lágrimas
De todo pranto que no meu rosto rolou.
E as belas rosas ainda estão na cartola,

Da mesma forma que um dia você tanto gostou.
 

OBRIGADO SENHOR DEUS

Raiou o sol de um novo dia,
Oportunidade pra quem não se deixa vencer.
Vamos pra batalha pra ganhar o pão,
Com honestidade, com suor nas mãos.
E fazer o bem sem olhar a quem,
Pois Deus está vendo toda tua ação.
 
Nunca esqueça de todo dia agradecer,
De pedir saúde e proteção em tua Oração;
Benção sobre ti virão!
 
O Senhor está contigo,
Caminhando lado a lado.
Diga obrigado por tudo de bom

Que sempre tem proporcionado.
 

SINA DESGRAÇADA

Vou beber porque não aguento
Esta sina desgraçada.
Já tentei por muitas vezes
Me livrar, não deu em nada.
 
De mulher até troquei,
Outra vez quebrei a cara,
É por isso que hoje vivo

Agarrado com a garrafa.
 

BOTECO DO CAPIM

Samba se faz assim:
Com cavaco, viola, pandeiro e tamborim.
Samba gostoso era assim:
Alecrim no sabadão,

No antigo boteco do capim!

 

NÃO PODE FALTAR

Eu vou comprar
Na venda de Dona Maria,
Cachaça pra vinte dias,
Que aqui não pode faltar.
 
Se faltar cachaça
Aqui tudo desanda,
Nem samba aqui tem demanda,
Por isso não pode faltar.
 
Deixo faltar arroz,
Mas feijão não pode faltar.
Um caldinho para acompanhar,
É sempre uma boa pedida.
 
Deixo faltar o pão,
Mas ovo, não posso deixar.
Café também pode faltar,
Que não falte açúcar e limão.
 
Costelinha pra assar,
Peixinho no coco pra saborear.
Frango ao molho e dobradinha,
Linguiça, batata, saladinha,
Nada disso aqui pode faltar.
 
É que eu vou comprar
Na venda de Dona Maria,
Cachaça pra vinte dias,

Pra quando a galera chegar.
 

SINA?

Já me convenci que a minha vida,
Será mesmo assim sempre sozinho.
Andando por aí de bar em bar,
Sempre a cantar, me lamentar,
Noite a dentro, eu e um violão!
 
Tentei me envolver com outro alguém,
Mas não deu certo. Será que errei?
Será que pequei em outra vida?
O que fiz pra merecer esta sina,

Para merecer tanta solidão?