sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NA HORA DO TÉDIO



Tem dias que a gente sente um tédio tão grande
Que para nos livrarmos dele, topamos qualquer negócio.
Às vezes vou para o bar beber a noite inteira.
Fumo cigarros sem parar enquanto ouço um blues
Que é tocado por alguém. Um louco em seu piano!
Às vezes fico em casa, assistindo vídeos eróticos
Ou em cima da sacada, espiando a vida alheia,
E olhando para a lua que some entre as nuvens.
Antes de ontem saí pela cidade em minha moto,
Em alta velocidade, tentando fugir desta realidade
Ou então, quem sabe, acabar a gasolina ou morrer
Enquanto caía uma neblina. Ontem saí com uma menina,
Ficamos juntos até amanhecer. Na beira da praia fizemos orgia,
Mas nada disso adiantou, porque do tédio não me livrei.
Por mais que a gente faça as maiores loucuras,
Corremos o risco do tédio não acabar e só nos resta,
Só nos resta continuar a viver com tamanho sofrimento!


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