quinta-feira, 16 de junho de 2011

ATAQUE DE NOSTALGIA


Ah, quanta saudade, minha amada, daquelas noites que saíamos escondidos para namorar! Era tão bom passar a noite sentada em baixo daquela macieira com você. Deitar na grama com minha cabeça sobre tuas coxas. Fechar os olhos e ficar ouvindo tua voz me falar, sentindo tua mão me afagando o cabelo. Olhar as estrelas e fazer pedidos, cada vez que víamos uma delas mudar de lugar.

Era o nosso paraíso aquele cantinho, e cada pedaço de tempo que passávamos lá, era uma eternidade de felicidade! E quando chegava a hora de voltarmos para casa, prometíamos um ao outro que no dia seguinte, sem falta, na mesma hora de sempre nos encontraríamos. Tempo bom aquele. Lembro dos sonhos, das promessas que fazíamos: que nunca nos separaríamos, que tudo aquilo nunca iria mudar.

Mas o tempo passa e a gente cresce, e quer queiramos ou não, tudo muda. Ah, minha amada, tudo muda! O amor de criança vira amizade, a loucura do mundo nos contagia, e mal sobra tempo para as nossas lembranças!


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