domingo, 15 de novembro de 2020

EU SOU SERTÃO

Sou Nordeste e sertão,

Sou poeira e carvão,

Sou matuto de coração.


Sou o couro e o gibão,

Festa de apartação,

Sou labuta sob o sol do meu torrão.


Sou cavalo ensinado,

Grito de aboiar gado.

Sou o chão, o calo na mão.


Sou a festa do Divino,

Sou o povo Nordestino.

Sou Cristão não nego não.


Machado que corta o pau do Juá,

Sabiá que canta no Jequitibá.

A missa no domingo,

O roçado de milho e feijão.

Suor pingando no chão,

Eu sou o Sertão!


Retirante na cidade grande

Que sofre a cada instante,

Mas nunca perde a fé

De voltar para o seu lar.


Basta a chuva novamente cair

E o verde outra vez brotar,

Que faço logo carreira

De volta para o meu lar.


*Marcelo Maya - Edmundo de Souza.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário