segunda-feira, 27 de março de 2017

MINHA SOGRA MARRENTA

A minha sogra
Não tem comparação,
Se eu pudesse casava com ela,
Largava sua filha de mão.

Só tem um pequeno detalhe:
É na hora dela dormir,
Ronca igual à cuíca
Quando tá no terreiro feliz a sorrir.

Pense numa velha marrenta,
Ninguém aguenta quando ela começa
A beber e encher a cara,
Pois fica muito brava,
Com ela não tem conversa.
Certo dia numa festa
Pegou o pobre do meu sogro,
Deu-lhe uma surra de perna,
E ainda de quebra um soco no olho.

A minha sogra
Não tem comparação,
Se eu pudesse casava com ela,
Largava sua filha de mão.

Só tem um pequeno detalhe:
É na hora dela dormir,
Ronca igual à cuíca
Quando tá no terreiro feliz a sorrir.

A velha quando ta de bem,
Pense num chamego que comigo tem.
Comidinha bem quentinha,
Suquinho gelado e até sobremesa.
Digo com toda certeza
Igual a ela, eu não arranjo.
No dia que tô sem dinheiro,
Basta um lamento
Que até isso eu ganho.



*Aluízio Pizão – Edmundo de Souza.



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